A produção do filme O SAL DA TERRA mobilizou diretamente cerca de 70 pessoas, entre técnicos e atores, e envolveu a colaboração de dezenas de prestadores de serviços, além de aproximadamente 500 figurantes.
Com cerca de 80% de suas locações à beira de rodovias, a produção de O SAL DA TERRA utilizou-se de um comboio - caminhões e automóveis - que percorreu mais de três mil quilômetros e esteve em 25 municípios paranaenses, transportando três toneladas de equipamentos.
Por ser um filme de estrada, montou-se toda uma estrutura operacional móvel, para as quais as soluções técnicas demandaram muita criatividade e dedicação extra da equipe. O desafio de se buscar imagens ricas em simbologia e o realce à dimensão humana foram uma constante neste trabalho.
O cuidadoso desenvolvimento do roteiro e o intenso envolvimento do elenco e da equipe, certamente valorizaram O SAL DA TERRA e o capacitaram para se tornar um filme de conteúdo diferenciado no contexto cinematográfico.
Sobre…
O SAL DA TERRA é uma história ficcional inspirada numa iniciativa real e inusitada: as andanças de um padre caminhoneiro junto ao povo das estradas. Tendo nossas rodovias como cenário, a trama do filme mergulha na aventura de viver de personagens itinerantes e no valor da devoção popular. Explorando a dimensão religiosa católico muito forte no Brasil, mas pouco explorada pelo nosso cinema.
O SAL DA TERRA é, na forma e na essência, um roadmovie. Tomando por cenário as estradas brasileiras e focalizando um contexto gerado pelo gigantismo do Brasil rodoviário, o filme conta a história de um padre caminhoneiro e suas andanças junto ao povo da estrada.
Ao longo do caminho, na boléia de seu caminhão-capela, ele vai conhecendo personagens marcantes e descobrindo a diversidade humana que a estrada apresenta.Tipos humanos característicos desse ambiente catalisam a missão de Pe. Miguel, um sacerdote que há muitos anos trocou sua paróquia na cidade pela tarefa de atender ao povo da estrada.
Entre a solidão dos quilômetros rodados e a surpresa dos encontros, pelas estradas ou em postos de gasolina, o padre traça um itinerário ilustrado pela aventura de viver de cada personagem e pontuado pela celebração da Missa. Tendo por base narrativa a estrutura desse ritual milenar - alvo artístico consagrado universalmente por criadores das mais diversas vertentes - o filme percorre uma vasta simbologia e suas identificações com o cotidiano popular.
A população itinerante retratada pelo filme revela-se, na verdade, um espelho da nossa condição de viventes à procura de um rumo. Sempre em constante movimento, como costumam ser a vida e o cinema.
Lucimar Moreira Bueno(Lucia) - www.lucimarbueno.blogspot.com