Nossa cidade já está ficando toda enfeitada com símbolos do Natal. Os meios de comunicação veiculam mensagens natalinas cada vez mais contagiantes provocando o consumismo, muitas vezes sem necessidade. É neste clima que eu quero refletir com vocês sobre o verdadeiro símbolo do Natal e sobre sua verdadeira mensagem.
O símbolo cristão do Natal é o presépio: uma família recolhida em uma estrebaria, uma criancinha recém nascida em uma manjedoura, alguns animais, pastores vestidos pobremente, três homens vestidos ricamente e um anjo a indicar que ali se oculta um mistério divino.
Se quisermos compreender realmente o que é o Natal, precisamos nos colocar diante desse símbolo e nos perguntar pelo seu significado e pela mensagem que ele nos transmite. Toda a cena do presépio está centralizada no Menino que acaba de nascer. Ele é o Filho de Deus feito homem para a nossa salvação.
O significado do presépio é, portanto, o maior de todos os presentes: ele nos revela que Deus está presente entre nós. E a sua mensagem é a paz como dom de Deus e como conquista da boa vontade humana. De fato, a Bíblia nos diz que os anjos cantavam “glória a Deus no alto dos céus, e paz na terra às pessoas de boa vontade”.
No Natal, Deus é que nos dá o grande presente: seu Filho. E este nos dá a Vida e Paz. Será que há presente mais precioso que este? Os acontecimentos da última semana no Rio de Janeiro nos mostram como a paz enche as pessoas de alegria para viver. Lamentavelmente é uma paz aparente que dura enquanto dura a repressão.
O que mais desejamos, no fundo de nossos corações, é uma paz verdadeira e completa. E é este o presente que Deus nos oferece. Só na paz a vida humana tem sentido. Só assim podemos ser autenticamente felizes. O grande papa Pio XII dizia que sem a paz tudo se perde e com ela tudo se ganha.
Segundo uma antiga tradição, como preparação para o Natal se dá presentes aos pobres e às pessoas queridas para manifestar a alegria do encontro com Jesus. Quem começou esta tradição foram os Magos. Três homens que receberam uma revelação, acreditaram nela e fizeram uma longa peregrinação para encontrar Jesus.
Ao final dessa peregrinação que foi iluminada por Deus, ofereceram a Jesus alguns presentes. Tal oferta, na verdade, foi o sinal de sua gratidão. Receberam a revelação, a fé e a salvação. Por isso retribuíram com presentes que simbolizavam os frutos espirituais de sua jornada e também sua gratidão.
Essa tradição tem muita beleza, mas inclui também um grande risco: o de reduzir a preparação para o Natal a uma simples compra de presentes; e de desvalorizar a celebração do Natal, tornando-a uma bela festa, mas sem nenhum significado religioso.
Amigos e amigas, o símbolo maior do Natal nos revela que sua mensagem implica em muito mais do que simplesmente dar presentes e receber presentes. Ele nos ensina que primeiro é preciso saber receber o grande presente de Deus. E depois, como consequência, viver o Natal é deixar-se transformar pelo presente recebido. Essa transformação nos compromete com a causa da verdadeira paz, da defesa da vida, da vivência da solidariedade e da partilha.
Independentemente de presentes, Natal é a festa da vida e da paz!
Dom Anuar Battisti é Arcebispo Metropolitano de Maringá
O símbolo cristão do Natal é o presépio: uma família recolhida em uma estrebaria, uma criancinha recém nascida em uma manjedoura, alguns animais, pastores vestidos pobremente, três homens vestidos ricamente e um anjo a indicar que ali se oculta um mistério divino.
Se quisermos compreender realmente o que é o Natal, precisamos nos colocar diante desse símbolo e nos perguntar pelo seu significado e pela mensagem que ele nos transmite. Toda a cena do presépio está centralizada no Menino que acaba de nascer. Ele é o Filho de Deus feito homem para a nossa salvação.
O significado do presépio é, portanto, o maior de todos os presentes: ele nos revela que Deus está presente entre nós. E a sua mensagem é a paz como dom de Deus e como conquista da boa vontade humana. De fato, a Bíblia nos diz que os anjos cantavam “glória a Deus no alto dos céus, e paz na terra às pessoas de boa vontade”.
No Natal, Deus é que nos dá o grande presente: seu Filho. E este nos dá a Vida e Paz. Será que há presente mais precioso que este? Os acontecimentos da última semana no Rio de Janeiro nos mostram como a paz enche as pessoas de alegria para viver. Lamentavelmente é uma paz aparente que dura enquanto dura a repressão.
O que mais desejamos, no fundo de nossos corações, é uma paz verdadeira e completa. E é este o presente que Deus nos oferece. Só na paz a vida humana tem sentido. Só assim podemos ser autenticamente felizes. O grande papa Pio XII dizia que sem a paz tudo se perde e com ela tudo se ganha.
Segundo uma antiga tradição, como preparação para o Natal se dá presentes aos pobres e às pessoas queridas para manifestar a alegria do encontro com Jesus. Quem começou esta tradição foram os Magos. Três homens que receberam uma revelação, acreditaram nela e fizeram uma longa peregrinação para encontrar Jesus.
Ao final dessa peregrinação que foi iluminada por Deus, ofereceram a Jesus alguns presentes. Tal oferta, na verdade, foi o sinal de sua gratidão. Receberam a revelação, a fé e a salvação. Por isso retribuíram com presentes que simbolizavam os frutos espirituais de sua jornada e também sua gratidão.
Essa tradição tem muita beleza, mas inclui também um grande risco: o de reduzir a preparação para o Natal a uma simples compra de presentes; e de desvalorizar a celebração do Natal, tornando-a uma bela festa, mas sem nenhum significado religioso.
Amigos e amigas, o símbolo maior do Natal nos revela que sua mensagem implica em muito mais do que simplesmente dar presentes e receber presentes. Ele nos ensina que primeiro é preciso saber receber o grande presente de Deus. E depois, como consequência, viver o Natal é deixar-se transformar pelo presente recebido. Essa transformação nos compromete com a causa da verdadeira paz, da defesa da vida, da vivência da solidariedade e da partilha.
Independentemente de presentes, Natal é a festa da vida e da paz!
Dom Anuar Battisti é Arcebispo Metropolitano de Maringá