Neste mês de dezembro completo 26 anos servindo a Igreja no Brasil através da Arquidiocese de Maringá no Paraná, à qual muito devo, sendo que, nos últimos dois anos servindo à paróquia Nossa Senhora Aparecida na cidade de Guajará-mirim, com o Bispo dom Geraldo; no Projeto Igrejas Irmãs entre a Arquidiocese de Maringá e a Diocese de Guajará-mirim.
Tenho uma idade bonita, quase 70 anos. Por causa dessa idade bonita que há dois anos atrás dom Anuar, atendendo ao meu desejo, enviou-me para servir a Igreja da Amazônia, antes de pendurar minhas “botas” pastorais.
Nesta época era pároco na paróquia São Silvestre, onde desenvolvia um bom trabalho, planejando a construção de uma Capela em honra à Santo Frei Galvão. Mas pensei, já construí muita coisa nos meus quase 25 anos servindo a Igreja de Maringá - dois salões comunitários, dois centros de pastoral e um menor, três casas paroquiais e uma igreja – então decidi, vou deixar a construção da nova capela para um padre mais jovem, vou ajudar a plantação e o reforço do Reino de Deus onde mais precisa. E foi o que aconteceu, no dia 2 de janeiro de 2009 mudei para Guajará-mirim e como primeira experiência acompanhei o bispo Dom Geraldo na Romaria que acontece a cada dois anos, visitando os ribeirinhos no Rio Mamoré e Guaporé, de uma ponta ao outra ponta da diocese, mais ou menos mil kilometros. Que experiência bonita, dizia ao Padre Zenildo que participava da romaria - vai ser bom para mim aqui! Como sempre, decidi bem! Começar minha missão com esta romaria é sem dúvida, o melhor caminho para conhecer a diocese, alguns meses atrás estive aqui participando da Assembléia da Diocese, mas era isso que queria mesmo, conhecer, saber e trabalhar onde as circunstâncias me chamam. Um dia aprendi que Deus nos fala também pelas circunstâncias!
No inicio o trabalho por aqui era tranqüilo, padre Obelino trabalhando como sempre, duas congregações de irmãs bem entrosadas, o seminarista Kiko fazendo experiência na paróquia, não sobrava muita coisa para eu fazer, mas um dia dom Geraldo pediu ao padre Obelino para assumir a paróquia no município vizinho, Nova Mamoré, aproximadamente quarenta e nove novas comunidade por nossa responsabilidade e aí minha vida mudou para melhor – adoro trabalhar.
Aprendi muito acompanhando a vida da Igreja na diocese de Guajará-mirim. Aprendi o que significa ser Bispo na Amazonas onde por necessidade é preciso ficar pouco tempo na Prelazia para assim dedicar-se as visitas às paróquias em terras tão longínquas. Aprendi que para ser padre é preciso aprender a caminhar muito, para poder fazer presente nas pequenas comunidades que precisa e tem o direito da vista do padre. Aprendi o que é ser seminarista, jovens que muitas vezes vem de longe, mais de 700 kilometros, tão jovens e tão longe dos familiares, e por isso merecem apoio maior.
Aprendi o que é Amazonas - os problemas e os desafios que ela apresenta aos residentes no primeiro momento, ao meio ambiente e ao país. Acompanhei a discussão através a CPT sobre o que o País está tentando fazer, visitei um assentamento do MST muito bonito e original - estão também acampados numa fazenda que pertence ao um Italiano - coitado do italiano!
Saúdo o Padre William responsável pelos seminaristas e o Padre Silva oriundo de São Paulo assessor da CNBB para a juventude e ajudam na paróquia. Saúdo os Padres Jean e Molden do Haiti; o velho simpático Padre Viana que cuida dos ribeirinhos junto com Padre Zezinho assessor incansável da CPT e comigo as cadeias; das irmãs das quais já falei e ao jovem pároco Padre Genivaldo que sabe muito bem o que quer, valorizando sempre as comunidades. E assim quero saudar os padres que trabalham no centro e no sul da diocese, território de mil kilometros - a distancia entre Maringá e Rio de Janeiro. Quero agradecer os Jovens da paróquia pelo bom relacionamento e assim todas as pastorais - especialmente as lideranças.
Padre João Caruana
Tenho uma idade bonita, quase 70 anos. Por causa dessa idade bonita que há dois anos atrás dom Anuar, atendendo ao meu desejo, enviou-me para servir a Igreja da Amazônia, antes de pendurar minhas “botas” pastorais.
Nesta época era pároco na paróquia São Silvestre, onde desenvolvia um bom trabalho, planejando a construção de uma Capela em honra à Santo Frei Galvão. Mas pensei, já construí muita coisa nos meus quase 25 anos servindo a Igreja de Maringá - dois salões comunitários, dois centros de pastoral e um menor, três casas paroquiais e uma igreja – então decidi, vou deixar a construção da nova capela para um padre mais jovem, vou ajudar a plantação e o reforço do Reino de Deus onde mais precisa. E foi o que aconteceu, no dia 2 de janeiro de 2009 mudei para Guajará-mirim e como primeira experiência acompanhei o bispo Dom Geraldo na Romaria que acontece a cada dois anos, visitando os ribeirinhos no Rio Mamoré e Guaporé, de uma ponta ao outra ponta da diocese, mais ou menos mil kilometros. Que experiência bonita, dizia ao Padre Zenildo que participava da romaria - vai ser bom para mim aqui! Como sempre, decidi bem! Começar minha missão com esta romaria é sem dúvida, o melhor caminho para conhecer a diocese, alguns meses atrás estive aqui participando da Assembléia da Diocese, mas era isso que queria mesmo, conhecer, saber e trabalhar onde as circunstâncias me chamam. Um dia aprendi que Deus nos fala também pelas circunstâncias!
No inicio o trabalho por aqui era tranqüilo, padre Obelino trabalhando como sempre, duas congregações de irmãs bem entrosadas, o seminarista Kiko fazendo experiência na paróquia, não sobrava muita coisa para eu fazer, mas um dia dom Geraldo pediu ao padre Obelino para assumir a paróquia no município vizinho, Nova Mamoré, aproximadamente quarenta e nove novas comunidade por nossa responsabilidade e aí minha vida mudou para melhor – adoro trabalhar.
Aprendi muito acompanhando a vida da Igreja na diocese de Guajará-mirim. Aprendi o que significa ser Bispo na Amazonas onde por necessidade é preciso ficar pouco tempo na Prelazia para assim dedicar-se as visitas às paróquias em terras tão longínquas. Aprendi que para ser padre é preciso aprender a caminhar muito, para poder fazer presente nas pequenas comunidades que precisa e tem o direito da vista do padre. Aprendi o que é ser seminarista, jovens que muitas vezes vem de longe, mais de 700 kilometros, tão jovens e tão longe dos familiares, e por isso merecem apoio maior.
Aprendi o que é Amazonas - os problemas e os desafios que ela apresenta aos residentes no primeiro momento, ao meio ambiente e ao país. Acompanhei a discussão através a CPT sobre o que o País está tentando fazer, visitei um assentamento do MST muito bonito e original - estão também acampados numa fazenda que pertence ao um Italiano - coitado do italiano!
Saúdo o Padre William responsável pelos seminaristas e o Padre Silva oriundo de São Paulo assessor da CNBB para a juventude e ajudam na paróquia. Saúdo os Padres Jean e Molden do Haiti; o velho simpático Padre Viana que cuida dos ribeirinhos junto com Padre Zezinho assessor incansável da CPT e comigo as cadeias; das irmãs das quais já falei e ao jovem pároco Padre Genivaldo que sabe muito bem o que quer, valorizando sempre as comunidades. E assim quero saudar os padres que trabalham no centro e no sul da diocese, território de mil kilometros - a distancia entre Maringá e Rio de Janeiro. Quero agradecer os Jovens da paróquia pelo bom relacionamento e assim todas as pastorais - especialmente as lideranças.
Padre João Caruana
