A Economia de Comunhão, idealizada por Chiara Lubich, do Movimento dos Focolares, tem como propósito a distribuição do lucro, de modo a construir e apresentar uma sociedade que possa ser semelhante à primeira comunidade de Jerusalém, onde “entre eles não havia necessitados”.
Para tanto, envolve empresários, trabalhadores, gestores, consumidores, cidadãos, estudiosos.
A espinha dorsal do projeto são as empresas que, livremente, decidem colocar em comunhão seus lucros, segundo três finalidades de igual importância, quais sejam:
1 – Ajudar as pessoas que estão em dificuldade, criando novos postos de trabalho, e satisfazer as suas necessidades básicas por meio de ações de desenvolvimento, começando com aqueles que partilham o espírito do projeto.
2 – Difundir a “cultura do dar” e da reciprocidade, sem a qual é impossível realizar uma Economia de Comunhão.
Para tanto, envolve empresários, trabalhadores, gestores, consumidores, cidadãos, estudiosos.
A espinha dorsal do projeto são as empresas que, livremente, decidem colocar em comunhão seus lucros, segundo três finalidades de igual importância, quais sejam:
1 – Ajudar as pessoas que estão em dificuldade, criando novos postos de trabalho, e satisfazer as suas necessidades básicas por meio de ações de desenvolvimento, começando com aqueles que partilham o espírito do projeto.
2 – Difundir a “cultura do dar” e da reciprocidade, sem a qual é impossível realizar uma Economia de Comunhão.
3 – Desenvolver a empresa, que deve permanecer eficiente e competitiva enquanto se abre à gratuidade.
Do ponto de vista da sociedade, ao longo do tempo, a palavra “empresário” concentra vários sentimentos. Ele é observado de modos opostos: há quem o considere um benfeitor social, que cria empregos, riquezas e bens. Em palavras simples, se diria “de direita”, ou seja, vê qualquer forma de empreendedorismo como positiva, capaz de levar ao desenvolvimento e à riqueza.
Por outro lado, há outra linha de pensamento que vê o empresário como o opressor que expropria a força de trabalho dos seus colaboradores e enriquece por meios ilícitos.
É no primeiro contexto que o empresário ganha importância fundamental ao se tornar um agente econômico que, percebendo oportunidades de lucro, toma a iniciativa de reunir fatores de produção numa empresa com o objetivo de sua continuidade e crescimento de suas atividades.
De um modo geral, podem-se reconhecer dois aspectos característicos do empresário: primeiro, o de empreendedor, por conviver bem com o risco e com a incerteza, ou seja, é uma pessoa que tem uma estrutura psicológica que o torna capaz de conviver com esses fatores e, segundo, o de especulador ou oportunista, ao visar lucros.
Para diferenciar esses aspectos, surge o empresário de EdC, do qual se podem citar quatro características básicas: é sempre membro de uma comunidade, ou dentro da empresa ou com outros empreendedores; tem como principal objetivo a fraternidade, mas não é ele somente que vive essa fraternidade, e sim alguém que a ativa ao seu redor, pois a EdC não é um projeto apenas de empresários ou somente uma ética que se propõe a tornar melhores os empresários; só se dá por satisfeito quando vê a sua comunidade empresarial se tornar um local de comunhão, e, por último, tem por fim a fraternidade, ou seja é um irmão de todos.
Portanto, se alguém leva a sério isso, desencadeia uma revolução. Por quê? Porque o modo normal de compreender o papel do empreendedor – seja ele de direita, de esquerda, de centro, liberal, democrático etc – é considerá-lo como o gestor da empresa.
Cabe acrescentar que o propósito principal do empresário de EdC não é “fazer assistência aos pobres”, mas proporcionar meios que diminuam a desigualdade social.
Deve-se orientar no sentido de criar uma comunidade onde se diminua a existência de pobres no sentido econômico, porque todos são pobres no sentido cristão e estão trilhando um caminho de fraternidade.
Para que seja possível exercer tudo isso, quatro pontos fundamentais podem ser destacados no desempenho da função de empresário da EdC: primeiro, é essencial tratar todos com estima, com escuta profunda.
Se as pessoas – trabalhadores, dependentes, executivos – não se sentirem estimados, mas simplesmente um número na empresa, eles não respondem aos estímulos; segundo, a dignidade. Quem recolhe o lixo deve sentir-se tão importante como o banqueiro.
Todos são tratados como verdadeiros irmãos. terceiro, a participação, ou seja, não se pode dizer pela manhã “vamos viver a comunhão” e durante o dia não fazer existir nenhuma forma de participação. Não é possível que a comunhão não se traduza em práticas participativas de todos os atores em algum nível.
Por último, a decisão da destinação da riqueza produzida pela empresa deve ser tomada em conjunto entre empresário e colaboradores. Dessa forma, espera-se que as relações humanas nas empresas de EdC possam proporcionar elevação de competitividade e, principalmente, harmonia entre proprietários e colaboradores, no sentido de que todos pratiquem a fraternidade como princípio de reciprocidade.
Do ponto de vista da sociedade, ao longo do tempo, a palavra “empresário” concentra vários sentimentos. Ele é observado de modos opostos: há quem o considere um benfeitor social, que cria empregos, riquezas e bens. Em palavras simples, se diria “de direita”, ou seja, vê qualquer forma de empreendedorismo como positiva, capaz de levar ao desenvolvimento e à riqueza.
Por outro lado, há outra linha de pensamento que vê o empresário como o opressor que expropria a força de trabalho dos seus colaboradores e enriquece por meios ilícitos.
É no primeiro contexto que o empresário ganha importância fundamental ao se tornar um agente econômico que, percebendo oportunidades de lucro, toma a iniciativa de reunir fatores de produção numa empresa com o objetivo de sua continuidade e crescimento de suas atividades.
De um modo geral, podem-se reconhecer dois aspectos característicos do empresário: primeiro, o de empreendedor, por conviver bem com o risco e com a incerteza, ou seja, é uma pessoa que tem uma estrutura psicológica que o torna capaz de conviver com esses fatores e, segundo, o de especulador ou oportunista, ao visar lucros.
Para diferenciar esses aspectos, surge o empresário de EdC, do qual se podem citar quatro características básicas: é sempre membro de uma comunidade, ou dentro da empresa ou com outros empreendedores; tem como principal objetivo a fraternidade, mas não é ele somente que vive essa fraternidade, e sim alguém que a ativa ao seu redor, pois a EdC não é um projeto apenas de empresários ou somente uma ética que se propõe a tornar melhores os empresários; só se dá por satisfeito quando vê a sua comunidade empresarial se tornar um local de comunhão, e, por último, tem por fim a fraternidade, ou seja é um irmão de todos.
Portanto, se alguém leva a sério isso, desencadeia uma revolução. Por quê? Porque o modo normal de compreender o papel do empreendedor – seja ele de direita, de esquerda, de centro, liberal, democrático etc – é considerá-lo como o gestor da empresa.
Cabe acrescentar que o propósito principal do empresário de EdC não é “fazer assistência aos pobres”, mas proporcionar meios que diminuam a desigualdade social.
Deve-se orientar no sentido de criar uma comunidade onde se diminua a existência de pobres no sentido econômico, porque todos são pobres no sentido cristão e estão trilhando um caminho de fraternidade.
Para que seja possível exercer tudo isso, quatro pontos fundamentais podem ser destacados no desempenho da função de empresário da EdC: primeiro, é essencial tratar todos com estima, com escuta profunda.
Se as pessoas – trabalhadores, dependentes, executivos – não se sentirem estimados, mas simplesmente um número na empresa, eles não respondem aos estímulos; segundo, a dignidade. Quem recolhe o lixo deve sentir-se tão importante como o banqueiro.
Todos são tratados como verdadeiros irmãos. terceiro, a participação, ou seja, não se pode dizer pela manhã “vamos viver a comunhão” e durante o dia não fazer existir nenhuma forma de participação. Não é possível que a comunhão não se traduza em práticas participativas de todos os atores em algum nível.
Por último, a decisão da destinação da riqueza produzida pela empresa deve ser tomada em conjunto entre empresário e colaboradores. Dessa forma, espera-se que as relações humanas nas empresas de EdC possam proporcionar elevação de competitividade e, principalmente, harmonia entre proprietários e colaboradores, no sentido de que todos pratiquem a fraternidade como princípio de reciprocidade.
Dom Anuar Battisti
Arcebispo da Arquidiocese de Maringá