A notícia é da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação - ALC -, 24-11-2009.
O resultado da pesquisa consta no livro “Quebrando Mitos: juventude, participação e políticas”, lançado na quarta-feira, 18, no Rio de Janeiro.
A pesquisa derrubou três mitos importantes, avaliou Miriam. O primeiro, de que o jovem é alienado; o segundo, de que ele é egoísta e consumista; e, por último, que ele não se preocupa com o próximo.
Para realizar o estudo, as sociólogas Mary Castro, professora da Universidade Católica de Salvador (UCSAL), e Miriam Abramovay, coordenadora de pesquisa da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (RITLA), ouviram quase 2 mil jovens participantes da I Conferência Nacional de Políticas Públicas para a Juventude, que teve lugar em Brasília, nos dias 27 a 30 de abril passado.
Elas aplicaram 1.854 questionários, realizaram 30 grupos focais e entrevistaram 280 representantes de entidades diversas, como a Central Única das Favelas (CUFA), a União da Juventude Socialista, dos movimentos negro, gays e lésbicas, feministas, quilombolas, sindicalistas, indígenas, religiosos, jovens da área rural e da cidade.
No item confiabilidade e credibilidade, a família apareceu em primeiro lugar, com 68,3% das opiniões. A Igreja Católica com 15,3%, as igrejas evangélicas, com 11,3%, e o candomblé, com 4%, superaram instituições como as assembléias legislativas e câmaras de vereadores, com 1,6%, o Congresso nacional, com 1,5%, e os políticos, com 1,7%.
Um dos motivos para a descrença quanto à classe política e o parlamento, além dos casos de corrupção e do coronelismo, é a demora na aprovação de propostas de interesse dos jovens.
A realização da pesquisa foi uma parceria da Secretaria Nacional de Juventude e a Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla).
