Hoje, dia de Ação de Graças Nacional, festa civil que nos recorda a importância de ser agradecidos a Deus e a quem caminha conosco. Nesta época, em que, para tudo, se deve pagar e ninguém faz nada gratuitamente, nem mesmo quando não se tem nada para fazer, é bom recordar que a gratidão é no mínimo um gesto de educação. Ser agradecido pelo que se é, se faz ou se recebe, produz, no mínimo, na mente e no coração um sentimento de satisfação. Como é bom ser bom, como é bom ser agradecido.
Na Parábola dos dez leprosos que gritavam: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós”. Ao vê-los, Jesus disse: Vão apresentar-se ao sacerdote. Enquanto caminhavam ficaram curados. Ao perceber que estavam curados, um deles voltou atrás dando glória a Deus em alta voz. Jogou-se no chão, aos pés de Jesus, e lhe agradeceu. E este era um samaritano. Então Jesus lhe perguntou: Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus a não ser este estrangeiro?(Lc 17,11). Com este fato Jesus coloca em evidência o samaritano, gente excluída e sem cultura como aquele que sabe ser reconhecido e volta para dar glória.
No caminho encontramos tantas oportunidades para reconhecer em nós e nos outros os favores de Deus, que diariamente não nos deixa faltar nada. Tudo o que temos e somos, é presente gratuito do Criador. Mas a mania de olhar sempre o negativo, de buscar sempre os benefícios pessoais, o desejo de possuir sempre o melhor, leva ao fechamento no nosso egoísmo, na visão pequena das coisas e esquecemos que em tudo devemos dar graças a Deus. Mesmo na dor e no sofrimento, saber ser agradecido torna tudo mais leve e nos eleva para o alto. A gratidão vem acompanhada da humildade. Nos diz, o livro de Provérbios: “Depois da soberba vem a desonra, mas com os humildes está a sabedoria”(Pr 11,2).
Obrigado a todos que acreditam na construção de um mundo melhor. Obrigado a todos que fazem acontecer a evangelização nas comunidades, leigos e leigas comprometidos com o anúncio da Boa Notícia. Sou agradecido a todos, de maneira especial aos sacerdotes que diuturnamente servem e fazem o melhor para o Povo de Deus. O pastor do rebanho se sente feliz ao contar com a colaboração generosa e desapegada de tantos homens e mulheres, conscientes de que foram chamados a servir como o Mestre que veio lavar os pés, a fim de que nós fizéssemos o mesmo. A característica mais admirada e mais gratificante que encontramos em alguém é a disponibilidade em fazer “ parte da solução e não do problema”.
Assim, quero convidar os fiéis das paróquias, onde receberão novos sacerdotes no próximo ano, para que acolham com carinho e gratidão, a fim de que o rebanho não sofra por falta dos pastores que amamos. Deixem partir, pois, quem parte leva na bagagem a história vivida e a cruz do novo que chega para ser vivido na oblatividade gratuita de servo do Reino. Estar livre e desapegado de tudo, também do padre é sinal de maturidade cristã, colocando a nossa esperança em Jesus, que acalma o mar, devolve a confiança e aumenta fé. Que este dia seja para todos nós um dia de fé e de gratidão.
*Dom Anuar Battisti é Arcebispo de Maringá-PR
Na Parábola dos dez leprosos que gritavam: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós”. Ao vê-los, Jesus disse: Vão apresentar-se ao sacerdote. Enquanto caminhavam ficaram curados. Ao perceber que estavam curados, um deles voltou atrás dando glória a Deus em alta voz. Jogou-se no chão, aos pés de Jesus, e lhe agradeceu. E este era um samaritano. Então Jesus lhe perguntou: Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus a não ser este estrangeiro?(Lc 17,11). Com este fato Jesus coloca em evidência o samaritano, gente excluída e sem cultura como aquele que sabe ser reconhecido e volta para dar glória.
No caminho encontramos tantas oportunidades para reconhecer em nós e nos outros os favores de Deus, que diariamente não nos deixa faltar nada. Tudo o que temos e somos, é presente gratuito do Criador. Mas a mania de olhar sempre o negativo, de buscar sempre os benefícios pessoais, o desejo de possuir sempre o melhor, leva ao fechamento no nosso egoísmo, na visão pequena das coisas e esquecemos que em tudo devemos dar graças a Deus. Mesmo na dor e no sofrimento, saber ser agradecido torna tudo mais leve e nos eleva para o alto. A gratidão vem acompanhada da humildade. Nos diz, o livro de Provérbios: “Depois da soberba vem a desonra, mas com os humildes está a sabedoria”(Pr 11,2).
Obrigado a todos que acreditam na construção de um mundo melhor. Obrigado a todos que fazem acontecer a evangelização nas comunidades, leigos e leigas comprometidos com o anúncio da Boa Notícia. Sou agradecido a todos, de maneira especial aos sacerdotes que diuturnamente servem e fazem o melhor para o Povo de Deus. O pastor do rebanho se sente feliz ao contar com a colaboração generosa e desapegada de tantos homens e mulheres, conscientes de que foram chamados a servir como o Mestre que veio lavar os pés, a fim de que nós fizéssemos o mesmo. A característica mais admirada e mais gratificante que encontramos em alguém é a disponibilidade em fazer “ parte da solução e não do problema”.
Assim, quero convidar os fiéis das paróquias, onde receberão novos sacerdotes no próximo ano, para que acolham com carinho e gratidão, a fim de que o rebanho não sofra por falta dos pastores que amamos. Deixem partir, pois, quem parte leva na bagagem a história vivida e a cruz do novo que chega para ser vivido na oblatividade gratuita de servo do Reino. Estar livre e desapegado de tudo, também do padre é sinal de maturidade cristã, colocando a nossa esperança em Jesus, que acalma o mar, devolve a confiança e aumenta fé. Que este dia seja para todos nós um dia de fé e de gratidão.
*Dom Anuar Battisti é Arcebispo de Maringá-PR
