Começo falando da compreensão judaica, grega e latina da palavra paz. Para os judeus, “shalom” significa integridade abrangente, bem, salvação, bem estar, benevolência, felicidade, harmonia interior. Quer dizer que tudo está bem, que as pessoas desfrutam de sua vida com alegria e gratidão. Para os gregos “eirene” significa harmonia que surge quando as forças conflitantes dentro da alma humana e entre as pessoas se reconciliam. Paz é ao mesmo tempo calma.
Para os latinos Paz, “Pax” , vem da palavra “pacisci” que significa paz através da conversa, do diálogo e da negociação. Para os romanos, paz surge quando se intermedeiam os diferentes interesses dos povos e grupos ( Anselm Grun, “Bem-aventuranças caminho para uma vida feliz”, Paulinas).
Diante destas definições, penso que não dá pra ficar com uma só, mas juntar as três para que haja a verdadeira paz. Começo pela paz judaica, com a benevolência, felicidade, harmonia interior, passo para a paz grega que nasce da superação dos conflitos internos e externos, dando calma, tranqüilidade e por fim a paz latina que é amar o inimigo dentro e fora de nós, e a superação do conflito através da reconciliação, do diálogo.
O interessante é perceber que os três conceitos se complementam mutuamente. No fim de tudo, posso dizer que é o amor, a fonte da reconciliação e da paz que proporciona a harmonia dos conflitos interiores e exteriores. Como base para a superação dos conflitos, se faz necessário a paz interior.
Quem promove a paz, participa da força criadora de Deus, que fez bem todas as coisas. Participamos da graça de ser filhos de Deus e herdeiros de uma eternidade feliz quando formos promotores do bem, da bondade e da paz. Feliz quem promove a paz. Felicidade não vem das coisas criadas e sim do criador das coisas. Por isso, para estar em paz comigo e com os demais, devo, em primeiro lugar, sentir-me filho de Deus e irmão com os irmãos.
Essa é a nossa identidade verdadeira. Enquanto permanecer em mim, a idéia de que o outro é simplesmente outro, que não tem nada a ver comigo, nunca serei promotor da paz. No mundo das relações humanas não somos blocos de gelo, objetos ambulantes, seres extraterrenos e sim pessoas com coração, mesmo que às vezes machucado, pessoas que precisam encontrar corações que amam, superando todo o conflito interno, promovendo a paz e harmonia.
No próximo dia 21, celebraremos o dia Internacional da Paz, das Nações Unidas. Esta data coincide com a Semana Nacional do Trânsito, razões para despertar em todos nós um amor cada vez maior pela vida, promovendo a paz. Por isso, os estudantes das escolas católicas organizaram uma segunda caminhada pela paz, que este ano, com o SETRAN, querem levar um grito de paz, principalmente no trânsito de nossa cidade. Não podemos calar diante do trânsito violento que mata mais do que qualquer pandemia.
Neste dia 21, às vinte horas, no Auditório Dona Guilhermina, as religiões de Maringá, cujo caminho de diálogo trilham há mais de cinco anos, querem orar pela Paz. Acredito que é preciso promover a paz de todas as formas e em todos os sentidos. Porém, tenho a certeza de que nunca pode faltar a oração.
O homem e a mulher temente a Deus é alguém que sabe dobrar os joelhos, inclinar a cabeça, suplicar, agradecer, colocando-se nas mãos do criador, cada dia e em cada momento. São importantes, todas as iniciativas de conscientização, porém o temor de Deus modela os ânimos atribulados, acalma os corações angustiados, devolve a paz interior. Tenho certeza que, no momento em que colocarmos Deus acima de tudo, tudo será diferente. Somente assim seremos promotores da Paz e chamados filhos de Deus e irmãos entre nós.
Dom Anuar Battisti é Arcebispo de Maringá
Para os latinos Paz, “Pax” , vem da palavra “pacisci” que significa paz através da conversa, do diálogo e da negociação. Para os romanos, paz surge quando se intermedeiam os diferentes interesses dos povos e grupos ( Anselm Grun, “Bem-aventuranças caminho para uma vida feliz”, Paulinas).
Diante destas definições, penso que não dá pra ficar com uma só, mas juntar as três para que haja a verdadeira paz. Começo pela paz judaica, com a benevolência, felicidade, harmonia interior, passo para a paz grega que nasce da superação dos conflitos internos e externos, dando calma, tranqüilidade e por fim a paz latina que é amar o inimigo dentro e fora de nós, e a superação do conflito através da reconciliação, do diálogo.
O interessante é perceber que os três conceitos se complementam mutuamente. No fim de tudo, posso dizer que é o amor, a fonte da reconciliação e da paz que proporciona a harmonia dos conflitos interiores e exteriores. Como base para a superação dos conflitos, se faz necessário a paz interior.
Quem promove a paz, participa da força criadora de Deus, que fez bem todas as coisas. Participamos da graça de ser filhos de Deus e herdeiros de uma eternidade feliz quando formos promotores do bem, da bondade e da paz. Feliz quem promove a paz. Felicidade não vem das coisas criadas e sim do criador das coisas. Por isso, para estar em paz comigo e com os demais, devo, em primeiro lugar, sentir-me filho de Deus e irmão com os irmãos.
Essa é a nossa identidade verdadeira. Enquanto permanecer em mim, a idéia de que o outro é simplesmente outro, que não tem nada a ver comigo, nunca serei promotor da paz. No mundo das relações humanas não somos blocos de gelo, objetos ambulantes, seres extraterrenos e sim pessoas com coração, mesmo que às vezes machucado, pessoas que precisam encontrar corações que amam, superando todo o conflito interno, promovendo a paz e harmonia.
No próximo dia 21, celebraremos o dia Internacional da Paz, das Nações Unidas. Esta data coincide com a Semana Nacional do Trânsito, razões para despertar em todos nós um amor cada vez maior pela vida, promovendo a paz. Por isso, os estudantes das escolas católicas organizaram uma segunda caminhada pela paz, que este ano, com o SETRAN, querem levar um grito de paz, principalmente no trânsito de nossa cidade. Não podemos calar diante do trânsito violento que mata mais do que qualquer pandemia.
Neste dia 21, às vinte horas, no Auditório Dona Guilhermina, as religiões de Maringá, cujo caminho de diálogo trilham há mais de cinco anos, querem orar pela Paz. Acredito que é preciso promover a paz de todas as formas e em todos os sentidos. Porém, tenho a certeza de que nunca pode faltar a oração.
O homem e a mulher temente a Deus é alguém que sabe dobrar os joelhos, inclinar a cabeça, suplicar, agradecer, colocando-se nas mãos do criador, cada dia e em cada momento. São importantes, todas as iniciativas de conscientização, porém o temor de Deus modela os ânimos atribulados, acalma os corações angustiados, devolve a paz interior. Tenho certeza que, no momento em que colocarmos Deus acima de tudo, tudo será diferente. Somente assim seremos promotores da Paz e chamados filhos de Deus e irmãos entre nós.
Dom Anuar Battisti é Arcebispo de Maringá