Arcebispo de Belo Horizonte (Brasil) comenta mensagem do Papa para Dia da Paz
Ao comentar a mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2009, em artigo enviado a Zenit esta segunda-feira, Dom Walmor Oliveira de Azevedo explica que o Papa sublinha em seu texto que a pobreza, muitas vezes, aparece associada ao desenvolvimento demográfico, como se este fosse a sua causa.
«Por isso, não são poucos os que protagonizam as campanhas de redução da natalidade, promovidas a nível internacional», afirma.
Segundo o arcebispo, «no bojo destas campanhas está o uso de métodos que não respeitam a dignidade da mulher e nem mesmo o direito dos esposos de decidirem responsavelmente o número de filhos».
«Neste âmbito, se instalam os absurdos que atentam contra o direito sagrado à vida.» «Não se pode desconhecer e tratar com normalidade o extermínio de milhões de nascituros em nome da luta pela pobreza.»
Dom Walmor explica que se justifica «o extermínio como sendo uma luta contra a pobreza. Exterminar os nascituros nada menos é do que exterminar os mais pobres dentre os seres humanos».
O processo de combate à pobreza «requer incursões na ordem dos valores morais que estão presidindo consciências e motivando a escolha de prioridades sociais e políticas».
«As escolhas das prioridades sociais e políticas não podem ser regidas simplesmente pela consideração de números e nem mesmo das estratégias que definem funcionamentos», afirma.
O arcebispo explica que o Papa «focaliza a presunção existente de que a redução populacional é responsável pela diminuição da taxa dos que, mundialmente, vivem abaixo da linha de pobreza».
«Parece incontestável que existiriam recursos para se resolver o problema da pobreza, mesmo no caso do crescimento da população.»
Dom Walmor explica que Bento XVI, em sua mensagem, recorda que, «desde o fim da segunda guerra mundial até hoje, a população da terra cresceu assustadoramente, incluindo neste contexto, especialmente, países que surgiram recentemente no cenário internacional como novas potências econômicas, alcançando um rápido desenvolvimento graças, precisamente, ao elevado número de seus habitantes».
«Não é incontestável o argumento de que as nações que mais se desenvolveram, aquelas que detêm maiores índices de natalidade, são as que gozam de melhores potencialidades de progresso?», questiona o arcebispo.
«A população, é o argumento do Papa Bento XVI, é uma riqueza e não um fator de pobreza. Esta afirmação remete, pois, ao desafio de compreender o processo de combate à pobreza como um processo que precisa ser iluminado pela lógica de valores morais.»
«Sem esta lógica corre-se o risco de aplicar critérios e métodos que passam simplesmente por cima da vida e das pessoas», destaca o arcebispo.
Ao comentar a mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2009, em artigo enviado a Zenit esta segunda-feira, Dom Walmor Oliveira de Azevedo explica que o Papa sublinha em seu texto que a pobreza, muitas vezes, aparece associada ao desenvolvimento demográfico, como se este fosse a sua causa.
«Por isso, não são poucos os que protagonizam as campanhas de redução da natalidade, promovidas a nível internacional», afirma.
Segundo o arcebispo, «no bojo destas campanhas está o uso de métodos que não respeitam a dignidade da mulher e nem mesmo o direito dos esposos de decidirem responsavelmente o número de filhos».
«Neste âmbito, se instalam os absurdos que atentam contra o direito sagrado à vida.» «Não se pode desconhecer e tratar com normalidade o extermínio de milhões de nascituros em nome da luta pela pobreza.»
Dom Walmor explica que se justifica «o extermínio como sendo uma luta contra a pobreza. Exterminar os nascituros nada menos é do que exterminar os mais pobres dentre os seres humanos».
O processo de combate à pobreza «requer incursões na ordem dos valores morais que estão presidindo consciências e motivando a escolha de prioridades sociais e políticas».
«As escolhas das prioridades sociais e políticas não podem ser regidas simplesmente pela consideração de números e nem mesmo das estratégias que definem funcionamentos», afirma.
O arcebispo explica que o Papa «focaliza a presunção existente de que a redução populacional é responsável pela diminuição da taxa dos que, mundialmente, vivem abaixo da linha de pobreza».
«Parece incontestável que existiriam recursos para se resolver o problema da pobreza, mesmo no caso do crescimento da população.»
Dom Walmor explica que Bento XVI, em sua mensagem, recorda que, «desde o fim da segunda guerra mundial até hoje, a população da terra cresceu assustadoramente, incluindo neste contexto, especialmente, países que surgiram recentemente no cenário internacional como novas potências econômicas, alcançando um rápido desenvolvimento graças, precisamente, ao elevado número de seus habitantes».
«Não é incontestável o argumento de que as nações que mais se desenvolveram, aquelas que detêm maiores índices de natalidade, são as que gozam de melhores potencialidades de progresso?», questiona o arcebispo.
«A população, é o argumento do Papa Bento XVI, é uma riqueza e não um fator de pobreza. Esta afirmação remete, pois, ao desafio de compreender o processo de combate à pobreza como um processo que precisa ser iluminado pela lógica de valores morais.»
«Sem esta lógica corre-se o risco de aplicar critérios e métodos que passam simplesmente por cima da vida e das pessoas», destaca o arcebispo.
Fonte:Zenit