Lucimar Moreira Bueno(Lucia) - www.lucimarbueno.blogspot.com

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Igreja critica Obama por aprovar financiamento federal do aborto

O cardeal Rigali, que é também presidente do Comitê de Atividades Pró-vida da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, afirmou que «uma administração que quer reduzir o aborto não deveria destinar fundos federais a grupos que promovem o aborto».
Estas declarações se referem à reiterada afirmação de Obama em campanha eleitoral, de que ele não é «partidário do aborto, mas de reduzir o número de abortos sem tornar este procedimento ilegal».
O cardeal Francis George, arcebispo de Chicago e presidente da Conferência Episcopal, havia escrito a Obama antes da inauguração de seu mandato, pedindo-lhe que mantivesse a política de seu antecessor.
«A Política Cidade do México, estabelecida pela primeira vez em 1984, foi atacada erroneamente como uma restrição à ajuda ao exterior para o planejamento familiar. De fato, essa ajuda não se reduziu em absoluto, mas assegurou que as fundações de planejamento familiar não se desviassem a organizações que se dedicam a promover o aborto ao invés de combatê-lo.»
«Uma vez que a clara linha que separava o planejamento familiar e o aborto se apagou – acrescentava o cardeal –, a idéia de usar o planejamento familiar para reduzir o aborto não tem sentido, e o aborto substituirá a contracepção com o fim de reduzir o tamanho da família.»
«O pior»
As críticas do Vaticano chegaram no sábado passado, quando o arcebispo Rino Fisichella, presidente da Academia Pontifícia para a Vida, afirmou ao jornal italiano «Il Corriere della Sera», que «entre as muitas coisas boas que poderia ter feito, Barack Obama escolheu a pior».
«Se este é um dos primeiros atos do presidente Obama, com todo respeito, parece-me que o caminho para a decepção foi muito curto», acrescentou o arcebispo.
Por sua parte, o arcebispo Elio Sgreccia, antigo presidente da Academia Pontifícia para a Vida, afirmou à agência italiana ANSA que «é um duro golpe, não só para nós, católicos, mas para todo o povo no mundo que luta contra a matança de inocentes que o aborto provoca».
Obama acolheu um pedido da Igreja de assinar uma ordem executiva para proibir a tortura.
A respeito disso, o bispo de Albany, Dom Howard Hubbard, presidente do Comitê «Justiça e Paz» da Conferência Episcopal, disse que os bispos «agradeceram a ordem», e que esta «diz muito de nós, quem somos, o que pensamos sobre a vida e a dignidade humana, e como atuamos enquanto nação».
Fonte: Zenit