Tema: A caridade sustenta a comunidade
Lema: O amor jamais acabará (1ª Cor 13, 8)
Setembro, mês da Bíblia. Neste mês a Igreja celebra a Bíblia, a Palavra de Deus que nos conduz no caminho da salvação. Dentro do calendário litúrgico pastoral, este é um tempo para refletirmos sobre a Bíblia como fruto da inspiração divina e do esforço humano e a sua importância para nossa vida.
Neste ano, somos chamados para refletirmos 1ª Carta de São Paulo aos Coríntios, tendo como tema: A Caridade sustenta a comunidade e como lema motivador “O amor jamais acabará.” (1Cor 13,8).
A 1ª Carta de Paulo aos Coríntios nos coloca num ambiente bem diferente daquele que Jesus viveu e trabalhou. Esta mudança de pedagogia de Jesus para a pedagogia de Paulo mostra a dificuldade das igrejas em levar a mensagem do Evangelho para o contexto urbano. De uma certa forma, ler as cartas de Paulo e meditar sobre elas é buscar caminhos para evangelizar as cidades de hoje.
O Ano Paulino que estamos videndo de 28 de junho 2008 a 29 de junho de 2009, foi convocado pelo Papa Bento XVI para comemorar os dois mil anos de nascimento de São Paulo. Será ocasião para redescobrir a figura do apóstolo Paulo, reler suas cartas e aprofundar seus ensinamentos. Tempo de fortalecer nossa fé, rezar e trabalhar pela unidade de todos os cristãos em uma Igreja mais corajosa, mais eucarística e missionária.
Paulo é do mundo urbano, nascido em Tarso, viveu em Damasco, grande cidade, estudou em grandes escolas e era cidadão romano. Por um tempo perseguiu os cristãos por julgar que eles desobedeciam a Lei de Deus, mas depois, atinge uma nova compreensão da Lei. Paulo foi um dos grandes responsáveis por fazer o Evangelho chegar aos pagãos. Com ele, o Evangelho ultrapassa as fronteiras geográficas, culturais e sociais e entra com força no mundo urbano.
Paulo é um exemplo de missionário: não trabalha sozinho; desperta lideranças, forma comunidades e lhes dá autonomia para caminhar na co-responsabilidade. É o missionário que faz da missão o grande sentido de sua vida; exemplo de engajamento radical até às últimas conseqüências. Mesmo empenho que mostrou na perseguição aos cristãos é mantido agora para o anúncio da Boa Nova de Cristo.
Paulo usou os recursos à sua disposição para fazer o Evangelho crescer em todas as direções. Assim, as cartas eram escritas para atender às necessidades bem concretas das comunidades: tirar dúvidas, repreender, corrigir, agradecer, informar, iluminar problemas do dia-a-dia... No caso da comunidade de Corinto, as cartas foram escritas no calor dos acontecimentos a partir as informações vindas da casa de Cloé (1Cor 1,11), no meio dos trabalhos cotidianos e respondendo a questões das comunidades (cf. 1Cor 7,1).
A carta aos Coríntios, do início ao fim, deixa claro que a caridade é que sustenta a comunidade e que o amor jamais acabará. Que este estudo reforce a dimensão missionária de nossas comunidades e nos leve a concretizar as propostas do Documento de Aparecida (DA) e das novas Diretrizes da Igreja, aprovadas pela CNBB.
Fonte: CNBB Regional Sul II
Lucimar Moreira Bueno(Lucia) - www.lucimarbueno.blogspot.com