Lucimar Moreira Bueno(Lucia) - www.lucimarbueno.blogspot.com

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Resposta de Pe Genivaldo

Minha RespostaPrezados
Pax!

Ultimamente tenho recebido muitas destas mensagens. Resolvi partilhar algumas reflexões.

1) Na mensagem há referencias às vários paises "socialistas" com posturas e números sobre questões polêmicas, tais como: aborto legalizado ou (descriminalizado), união com reconhecimento civil e, com consequente direito à adoção, entre pessoas do mesmo sexo, eclusão dos símbolos religiosos da esfera pública e o divórcio. Sobre isso, um mínimo de coerencia nos levaria a também pesquisar e colocar no argumento como que estas questões estão em paises "não-socialistas" - como por exemplo: Canadá, Estados Unidos da América, França, Alemanha, Inglaterra e etc... Será que estas são bandeiras "socialistas" ou são bandeiras das sociedades modernas? Na minha opinião, são bandeiras das sociedades modernas, e há poucas diferenças, mínimas nas agendas programáticas entre os tres principais partidos que disputam a corrida presidencial. Vejam como votaram nestas questões parlamentares tucanos e democratas, progresssitas (PP e PPS) nos últimos 16 anos (p.ex. Alvaro Dias, Serra (qdo senador), Sergio Guerra, Ricardo Barros, Fruet...); nas eleições presidenciais de 2006, eu tinha acesso diário à Folha de São Paulo e ao Estadão, não me recordo mais em quais dos dois jornais, mas lembro-me de acompanhar diariamente uma coluna que dava a mesma questão sobre estes mesmos temas e outros que polimizam com a Igreja para os dois principais canditados - Lula e Geraldo Alkimim - simplesmente não havia diferenças significativas de posturas entre os dois. Os discursos iam na linha do "pessoalmente sou contra, mas vivemos num estado de direito, laico...", como falou recetemente Marina da Silva. Assim, penso que os partidos de modo generalizado tem as mesmas posturas e programas, seguem as mesma linhas nestas questões; a não ser que seja um partido fundado para defender o contrário e que em todos os partidos, obviamente, há indivíduos que pessoalmente tem outras posturas.

2) Por favor, não podemos dizer que o bolsa familia e programas similares de transferencias de renda são esmolas governamentais, Alvaro Dias e a arrogante elite que representa podem dizer isto. Mas a Igreja não! Sempre, na nossa história fomos e somos assitencialistas. e não vejo nada de mal nisso! Se partimos da realidade que vivemos num país extremamente injusto e desigual, onde as pessoas, historicamente não tiveram as mesmas oportunidades, veremos que politicas afirmativas e transferencia de renda não são esmolas, e sim garantias do mínimo indispensável para começar reverter isso; também aqui, como Igreja, precisamos ser mais coerentes. Podemos questionar para melhorar estes programas, podemos ser a ponte em cada municipio, participando ativamente do Conselho de Assistencia Social e geração de renda, podemos cobrar mudanças estruturais como reforma agraria, garantias de direitos, etc... Mas nunca, por coerencia da nossa tradição cristã, chamar o bolsa familia de esmolas. E aqui gostaria de perguntar se os canditados do PSDB e DEM, PP e PPS são comprometidos com a reforma agraria. Vocês tem esta informação?

3) Acredito que as questões acima e outras també mnão mencionadas - como acesso à terra, à casa, à saúde, à educação... - São importantes e indispensáveis, reclamando a presença de cristãos conscientes e bem preparados nas diversa esferas da ação política, organizados e prontos para atuar na tomadas de descisão dos rumos de nosso país. Mas não sejamos ingenuos e pacionais, saibamos realmente ler os sinais dos tempos... e veremos que na caminhada historica da Igreja no Brasil há mais proximidade de visão e de programa nos últimos 8 anos que nos 8 anos que os precederam.

Genivaldo Ubinge