Novamente o sistema prisional de Santa Catarina é exposto na mídia nacional enquanto modelo de tortura e desumanidade. O fato ocorrido no Presídio Regional de Tubarão confirma mais uma vez o descaso com a segurança pública e o despreparo técnico e humano.
A maioria das unidades prisionais foi edificada no improviso, comprovando a falta planejamento. Cadeias públicas recebem a denominação de “Presídios” (Ambiente para presos provisórios, aqueles que ainda não foram condenados), ignorando a urgência de Penitenciárias (Ambiente para presos condenados). Neste Estado presídio passou a ser sinônimo de depósito de presos.
A Pastoral Carcerária da CNBB – Regional Sul IV vem a público para repudiar as cenas de torturas ocorrida naquele presídio e solicitar apuração dos fatos. Em Santa Catarina ultrapassamos o caos. O sistema prisional do Estado, analisando a partir da Lei de Execução Penal, não atinge 5 mil vagas para uma população carcerária de 14 mil presos. Além disso, há atualmente 19 mil mandados de busca e apreensão a serem cumpridos.
Padre Célio S. Ribeiro
Coordador Regional da Pastoral Carcerária - Regional Sul 4 da CNBB
Lucimar Moreira Bueno(Lucia) - www.lucimarbueno.blogspot.com
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Nota da Pastoral Carcerária da CNBB – Regional Sul IV em repúdio à tortura de presos no Presídio de Tubarão
A Carta aos hebreus, texto sagrado aos cristãos orienta: “Lembrai-vos dos presos como se vocês estivessem na prisão com eles. Lembrai-vos dos que são torturados, pois vocês também têm um corpo!”