O dia do trabalhador, primeiro de maio, marca a data da dignidade de trabalhar com dignidade. Esse dia se caracteriza com manifestações das mais variadas. No entanto, a marca registrada é a de um grito de louvor a Deus por nos ter dada a missão de “ganhar o pão com o suor do próprio rosto”, ou seja, ninguém deve viver de favores e sim da dedicação a uma tarefa da qual vem o sustento com dignidade.
Ao mesmo tempo, é um dia de um grito de clamor pelos inúmeros desempregados e excluídos pelo sistema capitalista, cuja economia é baseada no capital e não na solidariedade.
Por isso, nesse ano a Campanha da Fraternidade nos lembra que um só é o Senhor, ao qual podemos e devemos servir. “Não se pode servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24). Neste caminho de fazer uma economia onde todos tenham vida com dignidade, o dia do trabalhador em nossa arquidiocese é marcado por uma caminhada de fé e de oração, onde todos os trabalhadores, de botas e facão, de chapéu de palha ou de couro, boiadeiros e agricultores, prefeitos e médicos, com gravata e paletó, na sombra ou no sol de cada dia, unem-se para amar mais o que fazem, buscando igualdade, vida digna, condições melhores, salários justos, solidariedade, uma economia solidária.
Sendo assim, venha você para Cruzeiro do Sul no dia primeiro de maio, próximo sábado à tarde, para caminhar junto e se sentir parte deste povo que luta e sofre, acredita e caminha na esperança de dias melhores. Trabalhador e trabalhadora, nunca se esqueçam de que todos nós somos corresponsáveis por melhores condições para ganhar o pão com o suor do próprio rosto.
Mesmo trabalhando em uma sala com ar condicionado, não se esqueça que o dia primeiro de maio é o seu dia. Lembre-se que hoje você trabalha sem suar a roupa, mas ao seu lado tem gente suando todos os dias ao relento do sol escaldante de 35 graus, para que você tenha todas essas facilidades.
Desça do pedestal construído, quem sabe pela sua capacidade, mas lembre-se que na base inúmeros trabalhadores e trabalhadoras anônimos sustenta o cômodo lugar social que você ocupa. Esse é também o seu dia, deixe os preconceitos com relação aos catadores, aos sem-terra, aos sem-teto, aos sem casa, aos sem salários, aos servidores públicos e venha somar na busca de condições dignas para viver, trabalhar e desfrutar desta vida que é tão curta e tão importante.
Com a certeza de que somos nós que fazemos a sociedade que queremos, está na hora de pensar, não só na segurança nossa e dos bens que temos, mas nas condições de vida de milhares de irmãos nossos que, excluídos, buscam de todas as formas garantir seus direitos.
O ar, a água, a natureza, desafiam-nos com cuidados urgentes e necessários, a fim de garantir a sobrevivência. Mas tudo isso sem uma ecologia humana, onde a vida do homem e da mulher, independentemente de sua condição social, seja defendida e cuidada, pouco resultado dará. Celebraremos a 21ª Romaria sob o sinal da fé de quem acredita e faz acontecer agora e olha com esperança o futuro que nas mãos do Criador tem tudo para dar certo.
Trabalhe, faça, busque, levante a cabeça e olhe para o chão e para o céu, abrace a vida num grande mutirão de solidariedade. Só assim haverá pão e paz em abundância na terra dos homens e mulheres de hoje e de amanhã.
Dom Anuar Battisti é arcebispo de Maringá
Ao mesmo tempo, é um dia de um grito de clamor pelos inúmeros desempregados e excluídos pelo sistema capitalista, cuja economia é baseada no capital e não na solidariedade.
Por isso, nesse ano a Campanha da Fraternidade nos lembra que um só é o Senhor, ao qual podemos e devemos servir. “Não se pode servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24). Neste caminho de fazer uma economia onde todos tenham vida com dignidade, o dia do trabalhador em nossa arquidiocese é marcado por uma caminhada de fé e de oração, onde todos os trabalhadores, de botas e facão, de chapéu de palha ou de couro, boiadeiros e agricultores, prefeitos e médicos, com gravata e paletó, na sombra ou no sol de cada dia, unem-se para amar mais o que fazem, buscando igualdade, vida digna, condições melhores, salários justos, solidariedade, uma economia solidária.
Sendo assim, venha você para Cruzeiro do Sul no dia primeiro de maio, próximo sábado à tarde, para caminhar junto e se sentir parte deste povo que luta e sofre, acredita e caminha na esperança de dias melhores. Trabalhador e trabalhadora, nunca se esqueçam de que todos nós somos corresponsáveis por melhores condições para ganhar o pão com o suor do próprio rosto.
Mesmo trabalhando em uma sala com ar condicionado, não se esqueça que o dia primeiro de maio é o seu dia. Lembre-se que hoje você trabalha sem suar a roupa, mas ao seu lado tem gente suando todos os dias ao relento do sol escaldante de 35 graus, para que você tenha todas essas facilidades.
Desça do pedestal construído, quem sabe pela sua capacidade, mas lembre-se que na base inúmeros trabalhadores e trabalhadoras anônimos sustenta o cômodo lugar social que você ocupa. Esse é também o seu dia, deixe os preconceitos com relação aos catadores, aos sem-terra, aos sem-teto, aos sem casa, aos sem salários, aos servidores públicos e venha somar na busca de condições dignas para viver, trabalhar e desfrutar desta vida que é tão curta e tão importante.
Com a certeza de que somos nós que fazemos a sociedade que queremos, está na hora de pensar, não só na segurança nossa e dos bens que temos, mas nas condições de vida de milhares de irmãos nossos que, excluídos, buscam de todas as formas garantir seus direitos.
O ar, a água, a natureza, desafiam-nos com cuidados urgentes e necessários, a fim de garantir a sobrevivência. Mas tudo isso sem uma ecologia humana, onde a vida do homem e da mulher, independentemente de sua condição social, seja defendida e cuidada, pouco resultado dará. Celebraremos a 21ª Romaria sob o sinal da fé de quem acredita e faz acontecer agora e olha com esperança o futuro que nas mãos do Criador tem tudo para dar certo.
Trabalhe, faça, busque, levante a cabeça e olhe para o chão e para o céu, abrace a vida num grande mutirão de solidariedade. Só assim haverá pão e paz em abundância na terra dos homens e mulheres de hoje e de amanhã.
Dom Anuar Battisti é arcebispo de Maringá