Neste ano, a Campanha da Fraternidade é organizada pelo Conselho de Igrejas Cristãs (Conic), com sede em Brasília, portanto é um campanha ecumênica. São membros deste conselho: Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Presbiteriana Unida do Brasil, Igreja Sírian Ortodoxa de Antioquia.
A Campanha da Fraternidade deste ano tem como tema: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”(Mt 6,24). Como objetivo geral: “Colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura da paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos contribuam na construção do bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão”(texto base n.16).
Fraternidade e economia andam juntas, mesmo que às vezes pensamos ao contrário, como se isso não tivesse nada a ver com religião. Foi só a partir dos séculos XVII e XVIII, com o iluminismo e a industrialização, que a economia, ciência, política, foram desvinculadas da ética e da religião. Isso tem provocado conseqüências dramáticas para a humanidade, principalmente o que chamamos de capitalismo selvagem.
Quando falamos de economia, estamos nos referindo ao sentido original da palavra grega, oikos (casa) + nomos (lei norma), que significa literalmente “administração da casa”, no sentido de providenciar tudo o que é necessário à sobrevivência. Por isso, ressaltamos aqui o caráter humano da economia, como atividade realizada por pessoas, devendo se orientar ao serviço das pessoas, como protagonistas e razão de ser da vida econômica e social.
“Toda a vida econômica deveria ser orientada por princípios éticos. A medida ética fundamental para qualquer economia é um sistema que deveria criar reais condições de segurança e oportunidade de desenvolvimento da vida de todas as pessoas, desde os mais pobres e vulneráveis.
A economia não é uma estrutura autônoma. Ela faz parte das prioridades políticas. As políticas econômicas e as instituições devem ser julgadas pela maneira delas protegerem ou minarem a vida e a dignidade da pessoa humana, sustentarem ou não as famílias e servirem ao bem comum de toda a sociedade” (texto base n.26).
É neste contexto que a campanha vem sensibilizar a sociedade sobre a importância de valorizar todas as pessoas que a constituem. Como também superar a mentalidade consumista, onde o “ter” parece mais importante do que as pessoas. Ao mesmo tempo a Campanha da Fraternidade mostra uma relação necessária entre fé e vida, a partir da prática da justiça.
Como cristãos precisamos nos posicionar contra essa sociedade de mercado. “Na sociedade de mercado, paga-se pela troca de bens e serviço. Vende-se, compra-se. Não se doa e não se agradece. A sociedade de mercado nos afasta das raízes da árvore da vida, que são o amor, dádiva, fraternidade e solidariedade.
Tira-nos dos lábios o agradecimento e do coração o sentimento de gratidão. Mas não somos mercadoria e nossa vida não depende dos bens que possuímos”(texto base n.23). “Desta forma, as igrejas precisam fazer perceber que ser servidor do Reino não é só orar. É também testemunhar no mundo os valores do Evangelho”(texto base n.110).
“O mandamento novo do amor a Deus e ao próximo precisa ser compreendido em toda a sua amplitude, pois inclui, entre outras coisas, optar por uma economia do bem comum, reutilizar com gratidão os dons de Deus e doar com generosidade serviços e bens para socorrer os mais necessitados”(texto base n. 112). Que esta Quaresma seja uma oportunidade para rever a nossa economia para abrir-nos para uma verdadeira economia solidária a serviço da vida.
A Campanha da Fraternidade deste ano tem como tema: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”(Mt 6,24). Como objetivo geral: “Colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura da paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos contribuam na construção do bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão”(texto base n.16).
Fraternidade e economia andam juntas, mesmo que às vezes pensamos ao contrário, como se isso não tivesse nada a ver com religião. Foi só a partir dos séculos XVII e XVIII, com o iluminismo e a industrialização, que a economia, ciência, política, foram desvinculadas da ética e da religião. Isso tem provocado conseqüências dramáticas para a humanidade, principalmente o que chamamos de capitalismo selvagem.
Quando falamos de economia, estamos nos referindo ao sentido original da palavra grega, oikos (casa) + nomos (lei norma), que significa literalmente “administração da casa”, no sentido de providenciar tudo o que é necessário à sobrevivência. Por isso, ressaltamos aqui o caráter humano da economia, como atividade realizada por pessoas, devendo se orientar ao serviço das pessoas, como protagonistas e razão de ser da vida econômica e social.
“Toda a vida econômica deveria ser orientada por princípios éticos. A medida ética fundamental para qualquer economia é um sistema que deveria criar reais condições de segurança e oportunidade de desenvolvimento da vida de todas as pessoas, desde os mais pobres e vulneráveis.
A economia não é uma estrutura autônoma. Ela faz parte das prioridades políticas. As políticas econômicas e as instituições devem ser julgadas pela maneira delas protegerem ou minarem a vida e a dignidade da pessoa humana, sustentarem ou não as famílias e servirem ao bem comum de toda a sociedade” (texto base n.26).
É neste contexto que a campanha vem sensibilizar a sociedade sobre a importância de valorizar todas as pessoas que a constituem. Como também superar a mentalidade consumista, onde o “ter” parece mais importante do que as pessoas. Ao mesmo tempo a Campanha da Fraternidade mostra uma relação necessária entre fé e vida, a partir da prática da justiça.
Como cristãos precisamos nos posicionar contra essa sociedade de mercado. “Na sociedade de mercado, paga-se pela troca de bens e serviço. Vende-se, compra-se. Não se doa e não se agradece. A sociedade de mercado nos afasta das raízes da árvore da vida, que são o amor, dádiva, fraternidade e solidariedade.
Tira-nos dos lábios o agradecimento e do coração o sentimento de gratidão. Mas não somos mercadoria e nossa vida não depende dos bens que possuímos”(texto base n.23). “Desta forma, as igrejas precisam fazer perceber que ser servidor do Reino não é só orar. É também testemunhar no mundo os valores do Evangelho”(texto base n.110).
“O mandamento novo do amor a Deus e ao próximo precisa ser compreendido em toda a sua amplitude, pois inclui, entre outras coisas, optar por uma economia do bem comum, reutilizar com gratidão os dons de Deus e doar com generosidade serviços e bens para socorrer os mais necessitados”(texto base n. 112). Que esta Quaresma seja uma oportunidade para rever a nossa economia para abrir-nos para uma verdadeira economia solidária a serviço da vida.
Dom Anuar Battisti Arcebispo de Maringá