*Gleisi Hoffmann
Um ano muito intenso. Sobretudo por conta de acontecimentos históricos, transformações, crises e realizações. Assim foi o ano de 2009.
A posse do primeiro presidente norte-americano negro, Barack Obama. Uma mudança, uma quebra de paradigma. Com ele, veio uma política mais conciliadora. As esperanças foram renovadas, não só dos Estados Unidos, mas do mundo. A vontade de paz ficou evidente. Esperemos que o prêmio Nobel da Paz faça juz ao título entendendo que a paz não se constrói com guerras.
O mundo vivenciou uma de suas maiores crises econômicas, patrocinada pelos Estados Unidos, gerada na especulação imobiliária e no crédito descontrolado. A crise deixou pobreza e incertezas em vários países. Foi sobretudo uma prova para as gestões econômicas e para o conceito sobre o papel do Estado. O mercado sozinho não dá conta das relações econômicas.
No Brasil, passamos por essa prova com louvor. A liderança firme, porém sensível, do presidente Lula, conduziu o país para o fortalecimento. Da crise fez uma oportunidade. A "marolinha" foi confirmada. Até o jornal Francês Le Monde, na edição de 17 de setembro registrou o fato. Temos emprego, mercado interno forte, consumo ampliado, produção crescente e perspectiva de grande crescimento em 2010.
A economia, neste momento, caminha muito bem. As previsões de crescimento são otimistas, prevendo aumento entre 5 e 6,5% no nosso Produto Interno Bruto - PIB. Os empregos também acompanham essa maré de perspectivas positivas, com a criação de 2 milhões de novos postos de trabalho, que deverão ser ampliados. A inflação, antes tão temida, agora controlada, terá o mesmo destino no ano que vem. A indústria já aguarda muitos investimentos e mais crédito na praça. No Paraná, pesquisa feita pela Federação das Indústrias – FIEP relata que 88% dos empresários estão confiantes nos negócios em 2010.
Seremos grandes produtores de petróleo. Graças aos investimentos da Petrobrás e ao seu fortalecimento, descobrimos uma grande reserva de petróleo na camada do pré-sal. Isso vai mudar nossa história e nosso futuro. Os recursos irão para a educação, ciência e tecnologia, meio ambiente e combate a fome.
Também conquistamos respeito e consideração no cenário internacional. O mundo está olhando diferente para nossa economia, nossa gente, nosso governo e nossa capacidade de crescimento. Vivemos juntos a emoção da escolha do Brasil para sediar as Olimpíadas de 2016. Uma escolha que nos encheu de orgulho, auto-estima, esperança e planos de mais desenvolvimento no médio e longo prazo.
Vale lembrar ainda, que em 2009, tivemos mais moradia para a população, mais renda, mais inclusão digital, mais consumo, mais qualidade de vida. Apesar das dificuldades conseguimos enfrentar a gripe suína, que deixou a todos preocupados. Medidas preventivas, investimentos em tratamento foram essenciais para que não houvesse uma situação mais dramática.
Aumentamos nossa preocupação com a questão ambiental e o Brasil foi considerado, na Conferência da ONU sobre o clima, em Copenhague, como um dos países com mais atitude em defesa do meio. Aliás, esse é um tema que vai exigir de nós cada vez mais atenção e cuidado. Precisamos das ações dos países e grande corporações, mas também precisamos da atitude individual dos habitantes do planeta. No nosso cotidiano temos como ajudar a natureza e a nós mesmos.
Na política, o ano foi de muitas especulações e, infelizmente, também teve envolvimento de políticos em escândalos e denúncias. A população se mostrou mais atuante, crítica e consciente para cobrar um trabalho sério de seus representantes. Sinto que estamos resgatando nossa capacidade de participar e de se interessar pelo processo político. O próximo ano trará um excelente momento para apresentar esse amadurecimento de nossa democracia. Com as eleições, vamos eleger o novo, ou nova presidente da República, senador(a), governador(a), deputados(as) estaduais e federais. O destino do país estará em nossas mãos.
Que 2010 seja um ano de muito desenvolvimento, muitas alegrias e conquistas para o povo brasileiro, mas sobretudo que renove em nós o compromisso com a paz e com o amor e que a tolerância e a empatia sejam nossas principais características.
* Gleisi Hoffmann foi diretora financeira da Itaipu, é advogada e presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT).
A posse do primeiro presidente norte-americano negro, Barack Obama. Uma mudança, uma quebra de paradigma. Com ele, veio uma política mais conciliadora. As esperanças foram renovadas, não só dos Estados Unidos, mas do mundo. A vontade de paz ficou evidente. Esperemos que o prêmio Nobel da Paz faça juz ao título entendendo que a paz não se constrói com guerras.
O mundo vivenciou uma de suas maiores crises econômicas, patrocinada pelos Estados Unidos, gerada na especulação imobiliária e no crédito descontrolado. A crise deixou pobreza e incertezas em vários países. Foi sobretudo uma prova para as gestões econômicas e para o conceito sobre o papel do Estado. O mercado sozinho não dá conta das relações econômicas.
No Brasil, passamos por essa prova com louvor. A liderança firme, porém sensível, do presidente Lula, conduziu o país para o fortalecimento. Da crise fez uma oportunidade. A "marolinha" foi confirmada. Até o jornal Francês Le Monde, na edição de 17 de setembro registrou o fato. Temos emprego, mercado interno forte, consumo ampliado, produção crescente e perspectiva de grande crescimento em 2010.
A economia, neste momento, caminha muito bem. As previsões de crescimento são otimistas, prevendo aumento entre 5 e 6,5% no nosso Produto Interno Bruto - PIB. Os empregos também acompanham essa maré de perspectivas positivas, com a criação de 2 milhões de novos postos de trabalho, que deverão ser ampliados. A inflação, antes tão temida, agora controlada, terá o mesmo destino no ano que vem. A indústria já aguarda muitos investimentos e mais crédito na praça. No Paraná, pesquisa feita pela Federação das Indústrias – FIEP relata que 88% dos empresários estão confiantes nos negócios em 2010.
Seremos grandes produtores de petróleo. Graças aos investimentos da Petrobrás e ao seu fortalecimento, descobrimos uma grande reserva de petróleo na camada do pré-sal. Isso vai mudar nossa história e nosso futuro. Os recursos irão para a educação, ciência e tecnologia, meio ambiente e combate a fome.
Também conquistamos respeito e consideração no cenário internacional. O mundo está olhando diferente para nossa economia, nossa gente, nosso governo e nossa capacidade de crescimento. Vivemos juntos a emoção da escolha do Brasil para sediar as Olimpíadas de 2016. Uma escolha que nos encheu de orgulho, auto-estima, esperança e planos de mais desenvolvimento no médio e longo prazo.
Vale lembrar ainda, que em 2009, tivemos mais moradia para a população, mais renda, mais inclusão digital, mais consumo, mais qualidade de vida. Apesar das dificuldades conseguimos enfrentar a gripe suína, que deixou a todos preocupados. Medidas preventivas, investimentos em tratamento foram essenciais para que não houvesse uma situação mais dramática.
Aumentamos nossa preocupação com a questão ambiental e o Brasil foi considerado, na Conferência da ONU sobre o clima, em Copenhague, como um dos países com mais atitude em defesa do meio. Aliás, esse é um tema que vai exigir de nós cada vez mais atenção e cuidado. Precisamos das ações dos países e grande corporações, mas também precisamos da atitude individual dos habitantes do planeta. No nosso cotidiano temos como ajudar a natureza e a nós mesmos.
Na política, o ano foi de muitas especulações e, infelizmente, também teve envolvimento de políticos em escândalos e denúncias. A população se mostrou mais atuante, crítica e consciente para cobrar um trabalho sério de seus representantes. Sinto que estamos resgatando nossa capacidade de participar e de se interessar pelo processo político. O próximo ano trará um excelente momento para apresentar esse amadurecimento de nossa democracia. Com as eleições, vamos eleger o novo, ou nova presidente da República, senador(a), governador(a), deputados(as) estaduais e federais. O destino do país estará em nossas mãos.
Que 2010 seja um ano de muito desenvolvimento, muitas alegrias e conquistas para o povo brasileiro, mas sobretudo que renove em nós o compromisso com a paz e com o amor e que a tolerância e a empatia sejam nossas principais características.
* Gleisi Hoffmann foi diretora financeira da Itaipu, é advogada e presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT).