Estava lendo as noticias a "Igreja Na imprensa" e li que a festa de Corpus Christi em Curitiba teve a participação de 120.000 pessoas. Chamou minha atenção sabendo que mesmo aceitando que a noticia fosse verdadeira, passou pela minha cabeça que a razão de tanta gente deve ser outra: e não simplesmente a Festa de Corpus Christi. Fui atrás a noticia e confirmei que tinha a participação de um padre - que nada tenho contra ele, deixo bem claro - que tem um nome na mídia paranaense e fora do Paraná.
Preocupo-me. Padres mais conhecidos, inclusive na mídia, sempre teve, há cinquenta anos pelo menos. O meu reitor do seminário era muito famoso com os jovens porque na verdade além do talento que ninguém discutia, tinha um programa direto na radio da época. No passado em nossos pais tivemos padres cantores que muito bem fizeram para a nossa pastoral, um em particular, fez e faz até hoje! Mas é preciso ser dito, na época nunca usou-se de "milagres" ou do "demônio" como hoje! Para não dizer que o conteúdo do texto cantado hoje é pacífico, nunca vai levar ao martírio. É uma pastoral bem pacífica, não mexe com a consciência da nação, como por exemplo, recente fez a vida de Irmã Dorothy.
Agora, quando acontece que a presença de fulano se torna mais importante que o mistério celebrado, sendo verdade, tem alguma coisa se não errada, curiosa. E deve ser discutida. Dizem embora não tenho provas que alguns acharam que não tinha muita gente em Aparecida na visita do Papa. E segundo as mesmas conversas alguém colocou que um padre também famoso disse "viu, vocês não queriam a minha presença", algo assim.
O problema não é só de hoje, mas hoje está tomando proporções, no mínimo preocupantes, pelo menos para mim. Estou lembrando que muito tempo atrás, acho ainda seminarista, assisti a um filme chamado "The Singer and not The Song" que tratava de um Xerife no interior do México, parece-me, e entrou em confronto com um padre, o qual o Xerife acabou admirando, mas nunca aceitou a Igreja. The Singer - O Padre - mas não The Song, que seria a Igreja. Lembro bem, que sai triste do cinema, porque já na época tinha grande amor pela Igreja e não queria que o filme terminasse assim!
É de discutir, por exemplo, um outro padre que recentemente conquistou a mídia ele era religioso e hoje não é mais, se tornou padre diocesano como eu. Este caso para mim, ou seja, o fato de ser religioso e se tornar diocesano, mexeu comigo muito mais do que se ele tivesse casado. Em condições normais em que um religioso se torna diocesano, pode me entristecer, mas aceito facilmente. O caso que citei é diferente. Cria, para mim, até um transtorno, para o nosso trabalho vocacional com os adolescentes inquisitivos de hoje! Não acha?
Pe. João Caruana
Guajará-mirim - Rondônia
Preocupo-me. Padres mais conhecidos, inclusive na mídia, sempre teve, há cinquenta anos pelo menos. O meu reitor do seminário era muito famoso com os jovens porque na verdade além do talento que ninguém discutia, tinha um programa direto na radio da época. No passado em nossos pais tivemos padres cantores que muito bem fizeram para a nossa pastoral, um em particular, fez e faz até hoje! Mas é preciso ser dito, na época nunca usou-se de "milagres" ou do "demônio" como hoje! Para não dizer que o conteúdo do texto cantado hoje é pacífico, nunca vai levar ao martírio. É uma pastoral bem pacífica, não mexe com a consciência da nação, como por exemplo, recente fez a vida de Irmã Dorothy.
Agora, quando acontece que a presença de fulano se torna mais importante que o mistério celebrado, sendo verdade, tem alguma coisa se não errada, curiosa. E deve ser discutida. Dizem embora não tenho provas que alguns acharam que não tinha muita gente em Aparecida na visita do Papa. E segundo as mesmas conversas alguém colocou que um padre também famoso disse "viu, vocês não queriam a minha presença", algo assim.
O problema não é só de hoje, mas hoje está tomando proporções, no mínimo preocupantes, pelo menos para mim. Estou lembrando que muito tempo atrás, acho ainda seminarista, assisti a um filme chamado "The Singer and not The Song" que tratava de um Xerife no interior do México, parece-me, e entrou em confronto com um padre, o qual o Xerife acabou admirando, mas nunca aceitou a Igreja. The Singer - O Padre - mas não The Song, que seria a Igreja. Lembro bem, que sai triste do cinema, porque já na época tinha grande amor pela Igreja e não queria que o filme terminasse assim!
É de discutir, por exemplo, um outro padre que recentemente conquistou a mídia ele era religioso e hoje não é mais, se tornou padre diocesano como eu. Este caso para mim, ou seja, o fato de ser religioso e se tornar diocesano, mexeu comigo muito mais do que se ele tivesse casado. Em condições normais em que um religioso se torna diocesano, pode me entristecer, mas aceito facilmente. O caso que citei é diferente. Cria, para mim, até um transtorno, para o nosso trabalho vocacional com os adolescentes inquisitivos de hoje! Não acha?
Pe. João Caruana
Guajará-mirim - Rondônia