Lucimar Moreira Bueno(Lucia) - www.lucimarbueno.blogspot.com

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Vinte missionários assassinados durante 2008

É na Ásia onde se produziu o maior número de assassinatos: 6 sacerdotes e uma voluntária leiga, além do prelado iraquiano, perderam a vida no Iraque, Índia, Sri Lanka, Filipinas e Nepal.


A esta lista provisória, afirma a agência Fides, deve-se acrescentar «a nuvem de soldados desconhecidos da grande causa de Deus», segundo a expressão que acunhou há alguns anos o Papa João Paulo II, «dos quais não se tem notícia, e que em muitos lugares da terra sofrem e pagam com sua vida a fé em Cristo».


A recontagem da Fides inclui alguns casos de assassinatos violentos, ainda que não tenham sido cometidos expressamente «por ódio à fé» em sentido estrito.


Alguns, como o Pe. Brian Thorp, assassinado em sua paróquia de Lamu (Quênia), perderam a vida em aparentes intentos de roubo ou pereceram ao ser assaltados na rua enquanto exerciam seu ministério, talvez só para o roubo do carro.


Outros foram eliminados porque opunham com tenacidade o amor ao ódio, como o Pe. Bernard Digal, primeiro secretário católico morto na campanha de violência anticristã levada a cabo pelos extremistas hindus no Estado indiano de Orissa.


Também na Índia, no Estado de Andhra Pradesh, foi assassinado o sacerdote carmelita Thomas Pandippallyil, enquanto se transladava a uma aldeia para celebrar a santa Missa.


Em alguns Estados, como Venezuela e Colômbia, a violência e o drama da pobreza estão por trás do assassinato do Pe. Orellana Hidalgo, cujo cadáver foi encontrado em sua casa de Caracas, e do Pe. Jaime Ossa Toro, apunhalado em Medelhim.


A pequena comunidade católica do Nepal conta desde este ano com seu primeiro sacerdote assassinado, o salesiano Johnson Moyalan. Durante a noite, um grupo de homens armados penetrou na missão salesiana de Sirsia, a aproximadamente 15 km da fronteira entre a Índia e o Nepal, e mataram o missionário com muitos tiros.


Outros foram assassinados enquanto rezavam, como o Pe. Reynaldo Roda, assassinado a tiros na capela de uma missão das Filipinas, onde pouco antes rezava o santo terço.


«Todos eles – sublinha o informe da Fides – sem heroísmos ou solenidades, não hesitaram em colocar suas vidas diariamente em risco para que não faltasse a quem os rodeava o sopro da esperança.»


No Sri Lanka foi assassinado o Pe. Xavier Karunaratnam, desde sempre comprometido em dar assistência psicológica às vítimas do conflito. Na martirizada República Democrática do Congo também faleceu o voluntário leigo Boduin Ntamenya, originário de Goma, morto enquanto realizava seu trabalho em uma região em conflito.


Há também vítimas da loucura homicida: é o caso de dois sacerdotes jesuítas, os padres Otto Messmer e Victor Betancourt, assassinados em sua moradia de Moscou por um psicopata.


«Como nas origens, hoje também Cristo precisa de apóstolos dispostos a sacrificar-se. Precisa de testemunhas e mártires como São Paulo», afirma o dossiê da Fides, recordando as palavras pronunciadas por Bento XVI durante a celebração das Primeiras Vésperas na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, em 28 de junho de 2007.



Fonte: Zenit