Entenda as novas regras da língua portuguesa.
Trema
O trema sempre foi provavelmente o acento mais rejeitado da nossa língua. A muitos anos várias pessoas já achavam que ele tinha sido removido da língua, o que não era verdade. Mas agora, com a reforma, ele realmente saiu.
Todas as palavras perdem o trema, com exceção de nomes próprios.
As letras perdidas
Outra coisa que não causa grande surpresa é a adição das letras K, Y e W ao nosso alfabeto. Esta mudança veio apenas para validar oficialmente o que já acontecia, porque todo mundo já usava estas letras como se fossem parte da língua.
Agora, K, Y e W são oficialmente parte da língua portuguesa, totalizando 26 letras.
Acento Diferencial
Antes se usava um acento para diferenciar algumas palavras, como “pára” (verbo) e “para” (preposição). Agora, este tipo de acento está morto, e as palavras serão escritas da mesma forma.
Alguns exemplos: pára (flexão do verbo parar) e para (preposição).“Péla” (flexão do verbo pelar) e “pela” (combinação da proposição “por” com o artigo “a”).“Pélo” (flexão do verbo pelar), “pêlo” (substantivo), e “pelo” (combinação de preposição com artigo).
Então a frase “desculpe pelo pêlo, mas pélo mesmo” vai se tornar “Desculpe pelo pelo, mas pelo mesmo”. E ainda chamam isso de melhorar a língua.
O acento circunflexo
Nosso famoso “chapéuzinho do vovô” vai ser um pouco menos usado agora. Na terceira pessoa do plural do presente do indicativo ou subjuntivo (caraca!) o acento não vai ser usado nos verbos “crer”, “ler”, “ver”, “dar” e seus derivados. Agora vamos escrever “deem”, “veem”, “leem”, “creem”.
O acento também não será usado nas palavras terminadas em hiato “oo”, como “enjôo” ou “vôo”. Agora elas serão escritas como “enjoo” e “voo”, por exemplo.
Pois é, a crise está aí, e não dá mais pra ficar comprando tantos chapéuzinhos pros vovôs.
Acento Agudo
Este é outro que vai sofrer uma boa economia. Agora tem vários casos onde o acento não será usado. Veja só:
O acento agudo não será usado nos ditongos abertos de paroxítonas, como “assembléia”, “colméia”, “heróica” e “jibóia”.
Não será usado nas palavras paroxítonas, com “i” e “u” tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: “feiúra”, “baiúca” passam a ser grifadas “feiura” e “baiuca”.
Também não será usado na letra “u” tônica nas formas verbais, quando for precedido por G ou Q, e seguido de I ou E (gue, que, gui, qui). Assim, algumas poucas formas de verbos, como “argúem” serão grifadas “arguem” e o leitor que se vire pra adivinhar que a letra U é pronunciada neste caso.
Hífen
Este é provavelmente um dos mais alterados pela reforma ortográfica. Embora ele ainda seja usado, suas regras mudaram. Como é típico da língua portuguesa, as novas regras do hífen são tão complexas e confusas quanto as anteriores, se não mais. Veja alguns dos exemplos:
O hífen será usado nos prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal, e seguidos de uma palavra que começa com H. Exemplos: anti-heroi, anti-higiênico, extra-humano.
Em prefixo terminados em R, será usado hífen se a palavra seguinte começar também em R. Exemplos: Hiper-realista, inter-racial, super-resistente.
Usa-se o hífen em palavras formadas pelos prefixos “ex”, “vice” e “soto”. Exemplos: Vice-campeão, Ex-mulher.
Usa-se o hífen em palavras que começam pelos prefixos “pré”, “pró”. Também se usa com o prefixo “pós”, se for seguido de uma palavra que tem significado próprio. E aqui começam as exceções malucas que temos que decorar, porque NÃO se usa o hífen no prefixo “pós” se a palavra seguinte não tiver um significado próprio.
Vou parando por aqui, mas ainda tem MUITAS outras regras pro uso do hífen. Sério, não dá pra uma pessoa decorar todas essas regras. Essa é uma parte da reforma ortográfica que só vai trazer confusão e atraso.
Outras Regras
Acima eu citei apenas as regras principais, mas existem ainda outras diversas regras que foram adicionadas, adicionadas ou removidas pela reforma ortográfica da língua portuguesa. Um exemplo é que os portugueses deixarão de usar as letras C e P em palavras onde elas não eram pronunciadas, como “acto”, “acção” e “óptimo”.
Se quiser ver um lista ainda mais detalhada das regras, pode ser uma boa visitar o Recanto das Letras, ou o site Por Trás das Letras.
Trema
O trema sempre foi provavelmente o acento mais rejeitado da nossa língua. A muitos anos várias pessoas já achavam que ele tinha sido removido da língua, o que não era verdade. Mas agora, com a reforma, ele realmente saiu.
Todas as palavras perdem o trema, com exceção de nomes próprios.
As letras perdidas
Outra coisa que não causa grande surpresa é a adição das letras K, Y e W ao nosso alfabeto. Esta mudança veio apenas para validar oficialmente o que já acontecia, porque todo mundo já usava estas letras como se fossem parte da língua.
Agora, K, Y e W são oficialmente parte da língua portuguesa, totalizando 26 letras.
Acento Diferencial
Antes se usava um acento para diferenciar algumas palavras, como “pára” (verbo) e “para” (preposição). Agora, este tipo de acento está morto, e as palavras serão escritas da mesma forma.
Alguns exemplos: pára (flexão do verbo parar) e para (preposição).“Péla” (flexão do verbo pelar) e “pela” (combinação da proposição “por” com o artigo “a”).“Pélo” (flexão do verbo pelar), “pêlo” (substantivo), e “pelo” (combinação de preposição com artigo).
Então a frase “desculpe pelo pêlo, mas pélo mesmo” vai se tornar “Desculpe pelo pelo, mas pelo mesmo”. E ainda chamam isso de melhorar a língua.
O acento circunflexo
Nosso famoso “chapéuzinho do vovô” vai ser um pouco menos usado agora. Na terceira pessoa do plural do presente do indicativo ou subjuntivo (caraca!) o acento não vai ser usado nos verbos “crer”, “ler”, “ver”, “dar” e seus derivados. Agora vamos escrever “deem”, “veem”, “leem”, “creem”.
O acento também não será usado nas palavras terminadas em hiato “oo”, como “enjôo” ou “vôo”. Agora elas serão escritas como “enjoo” e “voo”, por exemplo.
Pois é, a crise está aí, e não dá mais pra ficar comprando tantos chapéuzinhos pros vovôs.
Acento Agudo
Este é outro que vai sofrer uma boa economia. Agora tem vários casos onde o acento não será usado. Veja só:
O acento agudo não será usado nos ditongos abertos de paroxítonas, como “assembléia”, “colméia”, “heróica” e “jibóia”.
Não será usado nas palavras paroxítonas, com “i” e “u” tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: “feiúra”, “baiúca” passam a ser grifadas “feiura” e “baiuca”.
Também não será usado na letra “u” tônica nas formas verbais, quando for precedido por G ou Q, e seguido de I ou E (gue, que, gui, qui). Assim, algumas poucas formas de verbos, como “argúem” serão grifadas “arguem” e o leitor que se vire pra adivinhar que a letra U é pronunciada neste caso.
Hífen
Este é provavelmente um dos mais alterados pela reforma ortográfica. Embora ele ainda seja usado, suas regras mudaram. Como é típico da língua portuguesa, as novas regras do hífen são tão complexas e confusas quanto as anteriores, se não mais. Veja alguns dos exemplos:
O hífen será usado nos prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal, e seguidos de uma palavra que começa com H. Exemplos: anti-heroi, anti-higiênico, extra-humano.
Em prefixo terminados em R, será usado hífen se a palavra seguinte começar também em R. Exemplos: Hiper-realista, inter-racial, super-resistente.
Usa-se o hífen em palavras formadas pelos prefixos “ex”, “vice” e “soto”. Exemplos: Vice-campeão, Ex-mulher.
Usa-se o hífen em palavras que começam pelos prefixos “pré”, “pró”. Também se usa com o prefixo “pós”, se for seguido de uma palavra que tem significado próprio. E aqui começam as exceções malucas que temos que decorar, porque NÃO se usa o hífen no prefixo “pós” se a palavra seguinte não tiver um significado próprio.
Vou parando por aqui, mas ainda tem MUITAS outras regras pro uso do hífen. Sério, não dá pra uma pessoa decorar todas essas regras. Essa é uma parte da reforma ortográfica que só vai trazer confusão e atraso.
Outras Regras
Acima eu citei apenas as regras principais, mas existem ainda outras diversas regras que foram adicionadas, adicionadas ou removidas pela reforma ortográfica da língua portuguesa. Um exemplo é que os portugueses deixarão de usar as letras C e P em palavras onde elas não eram pronunciadas, como “acto”, “acção” e “óptimo”.
Se quiser ver um lista ainda mais detalhada das regras, pode ser uma boa visitar o Recanto das Letras, ou o site Por Trás das Letras.