Por: Pe. Júlio Antônio da Silva
1. O SIGNIFICADO DE MARIA NA HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
Na história do Cristianismo, a pessoa de Maria ocupa um lugar especialíssimo. Ela é Mãe de Jesus de Nazaré e Mãe do povo de Deus. Desde os escritos da bíblia, no Novo Testamento, passando pelas reflexões dos teólogos e das teólogas dos primeiros tempos da Igreja, há farta documentação sobre a pessoa de Maria e de seu lugar insubstituível na caminhada do povo. No século V, o Concílio de Éfeso (431), define o dogma da maternidade divina de Maria: ela, verdadeiramente, é a Mãe de Deus! Desta definição decorrem as modalidades de veneração que o povo cristão tem para com Maria e a certeza de que ela participa dos mesmos méritos que obteve Jesus Cristo, especialmente naquilo que aconteceu com ele depois desta vida: sua ressurreição.
Assim como Cristo ressuscitou por sua fidelidade incondicional a Deus-Pai, assim também aconteceu com Maria. Por sua fidelidade, Deus a ressuscitou dos mortos. Nós dizemos para esse fato: Maria foi levada para a glória dos céus. Por isso a chamamos de “NOSSA SENHORA DA GLÓRIA”! Isto é, ela chegou à plenificação de vida que queremos chegar: à vida definitiva. Ela atingiu a glória eterna!
2. ALGUNS DETALHES HISTÓRICOS GERAIS
Desde o século III, em Jerusalém, era celebrada a festa da “Dormitio Virginis” (= dormição da Virgem Maria). No século VI, em Roma, já era celebrada a festa da “Assumptio Sanctae Mariae” (= Assunção de Santa Maria). Por isso, quando o Papa Pio XII consultou o povo de Deus sobre a possibilidade de definir o dogma de fé da Assunção de Maria, manifestou-se unanimidade de todos. E assim foi feito no dia 01 de novembro de 1950. Nesta data, Pio XII declara e define que Maria ressuscitou e foi assumida na totalidade de sua pessoa por Deus. Ela foi assunta aos céus. Daí a expressão, “entrou na glória”... E o povo passou a aclamar Maria assim: Nossa Senhora da Glória!
3. E EM MARINGÁ?
Para valorizar e destacar a proclamação do dogma da assunção de Maria aos céus, o então bispo de Jacarezinho - diocese a que Maringá pertencia -, Dom Geraldo de Proença Sigaud, a 05 de agosto de 1952, muda o nome da antiga Paróquia da Santíssima Trindade para Paróquia Nossa Senhora da Glória. Hoje, Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória.
A pedido de Dom Jaime Lu iz Coelho, primeiro bispo e arcebispo de Maringá, o Vaticano, através da Secretaria de Estado, na pessoa do Sr. Cardeal Ângelo Sodano, em Decreto do Papa João Paulo II, a 14 de janeiro de 1995, confirma “a santíssima Virgem Maria invocada com o título de ‘Nossa Senhora da Glória’ como padroeira, tanto da Arquidiocese, quanto da própria cidade de Maringá, com todos os devidos direitos e privilégios litúrgicos decorrentes segundo as rubricas...”
Lucimar Moreira Bueno(Lucia) - www.lucimarbueno.blogspot.com